segunda-feira, 30 de outubro de 2017

E é inacreditável como kms de distância podem ser mais gelados que qualquer geleira. Mas é igualmente inacreditável como quando a distância é vencida como a gente pode virar um fogaréu daqueles!
A grande questão é que infelizmente eu sei como esse deja vu termina. Eu sei que esse nome é profecia de tristeza na minha vida. Mas eu só queria saber como é que ela com toda a sua insegurança balança meu coração e brinca com ele como se fosse brinquedo de criança, queria saber como é que faz pra tirar da cabeça alguém que você tem certeza de que não pode querer mais e aí o coração ao invés de ajudar diz: "Poxa, meu bem. Embora os dias tenham sido frios meu coração está aqui pra esquentar você."
Só posso ser trouxa, só posso.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Todo os dias quando ela passa pela minha porta aos exatos 12h30 involuntariamente meu coração palpita.
E ela não fez absolutamente nada pra ser unica. Ela fala um monte de palavrão, come porcaria de montão, odeia exercícios, foge de política, troca balada por netflix e quando sorri parece que sua felicidade afasta essa minha agonia.
Tenho como certo comigo que isso vai passar, é uma ilusão necessária pra eu não titubear. Mas olha, se ela me chamasse pra conhecer de perto o verde dos seus olhos eu juro que ali ficaria pro resto da minha vida.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

"tenho quase certeza que te superei. tanto que tem manhãs em que acordo com sorriso no rosto e minhas mãos em prece agradecendo ao universo por tirar você de mim. obrigada deus eu choramingo. graças a deus você se foi. eu não seria o império que sou se você tivesse ficado.

mas.

tem algumas noites em que eu imagino o que eu faria se você aparecesse. como se você entrasse pela porta neste instante todas as coisas horríveis que você já fez seriam arremessadas pela janela mais próxima e todo aquele amor despertaria de novo. escorreria pelos meus olhos como se nunca tivesse desaparecido mesmo. como se estivesse ensaiando jeitos de ficar quieto por tanto tempo só para ser ruidoso quando você chegasse. será que alguém pode explicar isso. como até quando o amor vai embora. como até quando te deixo pra trás. sou tão perdidamente arrastada de volta a você."


outros jeitos de usar a boca - rupi kaur

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Como tudo, absolutamente tudo nessa vida, as coisas tem início, meio e fim. 
O início é sempre bom. Um perfume novo, a maciez daquela nuca até então desconhecida, o beijo, o sexo, cochilo histórias novas. Tudo é novo. E como tudo que é novo gera ansiedade.
O meio também é bom, você chegou até o meio não foi a toa, as coisas estavam minimante boas. Você acaba por já ir sentindo saudade do começo, porque a ansiedade do novo já não compõem sua relação com outro. Ainda sim, como disse, o meio é bom. Passamos horas conversando, desejamos bom dia/tarde/noite, faz uma demonstração superficial de ciúmes, ou de que está tudo bem desmarcar aquele café que combinamos ontem. Chegando nesse ponto a gente toma cuidado. Se joga e tenta voltar a ter um começo ou caminha para o fim? Isso só você sabe dizer.
O fim é fim, né? Você fica feliz quando seu pote de açaí acaba? Pois bem, eu também não. Embora tenha certas coisas que a gente mal vê a hora de acabar as relações em término são sempre um porre. Um fica pisando em ovos pra dar a real, outro fica se sentindo mal porque já sentiu a indiferença e a expectativa criada vai pro saco de novo. O fim sempre tem duas facetas. Liberdade pra um e frustração pra outro.
Mas pior que o início, meio e fim, pode ter certeza, é a ausência de interesse. 
Sabe, quando você não quer começar, não quer deixar de saborear o meio mas também não quer perder a liberdade do fim por não querer ser o frustrado?
Estou é broxada das pessoas. Um interesse superficial, uma disputa de ego, uma necessidade de mostrar coisas e pessoas como troféus. E a valoração é das mais variadas, vai desde beleza física até dinheiro. E de verdade, cansei disso. Eu gosto de olhar no olho, de tomar café falando bobagem. Gosto de cabelos com coques, de ouvir risada, de sentir cheiro, de contar memórias. Essa coisa de quantidade sobrepor qualidade nunca foi minha praia. 
E nesse sentido que eu sinceramente prefiro começo, meio e fim. 

quinta-feira, 18 de maio de 2017

O Brasil está pegando fogo. Eu congelo um pouco mais a cada dia, mas não deixo de acreditar que o verão volta.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Demorei mais que o necessário pra entender que a gente só se entende quando se lê.
Não tinha dimensão de como o hábito de tirar 10 min do meu dia pra falar como ele está sendo, como estou me sentindo e como vejo as coisas naquela ocasião podem ajudar qualquer um a notar os seus inúmeros erros diários/mensais/anuais.
Não estou aqui pra reclamar da vida, chorar por fulana ou ciclana. Envelheci anos esperando encontrar nas pessoas aquilo que sempre esteve dentro de mim. Sou a minha maior razão de viver, meus sonhos então caídos na verdade formam um céu imenso e infinito.
Eu aponto pra um, aponto pra outro, mas só brilham aqueles que eu paro pra contemplar e acreditar que essa estrela não cai. Brilhando menos ou mais, não importa, os que conquistei mantém seu brilho e até mesmo os que já foram alcançados e ficaram no passado ali permanecem pra me lembrar que vale a pena acreditar, não necessariamente naquilo, só não posso deixar de acreditar.
E de verdade, sorte de quem conta com a sorte. Eu conto com a minha oração, meu pé no chão e coração em malabares sempre girando entre o ar e minha mão.

domingo, 2 de abril de 2017



"Nada muda a escolha que eu fiz no instante que eu te vi de lá até aqui. Dia certo, momento, exatidão, batuca o verbo amar retumba o coração"