Como tudo, absolutamente tudo nessa vida, as coisas tem início, meio e fim.
O início é sempre bom. Um perfume novo, a maciez daquela nuca até então desconhecida, o beijo, o sexo, cochilo histórias novas. Tudo é novo. E como tudo que é novo gera ansiedade.
O meio também é bom, você chegou até o meio não foi a toa, as coisas estavam minimante boas. Você acaba por já ir sentindo saudade do começo, porque a ansiedade do novo já não compõem sua relação com outro. Ainda sim, como disse, o meio é bom. Passamos horas conversando, desejamos bom dia/tarde/noite, faz uma demonstração superficial de ciúmes, ou de que está tudo bem desmarcar aquele café que combinamos ontem. Chegando nesse ponto a gente toma cuidado. Se joga e tenta voltar a ter um começo ou caminha para o fim? Isso só você sabe dizer.
O fim é fim, né? Você fica feliz quando seu pote de açaí acaba? Pois bem, eu também não. Embora tenha certas coisas que a gente mal vê a hora de acabar as relações em término são sempre um porre. Um fica pisando em ovos pra dar a real, outro fica se sentindo mal porque já sentiu a indiferença e a expectativa criada vai pro saco de novo. O fim sempre tem duas facetas. Liberdade pra um e frustração pra outro.
Mas pior que o início, meio e fim, pode ter certeza, é a ausência de interesse.
Sabe, quando você não quer começar, não quer deixar de saborear o meio mas também não quer perder a liberdade do fim por não querer ser o frustrado?
Estou é broxada das pessoas. Um interesse superficial, uma disputa de ego, uma necessidade de mostrar coisas e pessoas como troféus. E a valoração é das mais variadas, vai desde beleza física até dinheiro. E de verdade, cansei disso. Eu gosto de olhar no olho, de tomar café falando bobagem. Gosto de cabelos com coques, de ouvir risada, de sentir cheiro, de contar memórias. Essa coisa de quantidade sobrepor qualidade nunca foi minha praia.
E nesse sentido que eu sinceramente prefiro começo, meio e fim.